terça-feira, 20 de junho de 2017

O QUARTEL DA ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO BARRO BRANCO

          

          Em 24 de maio de 1940 deu-se o lançamento da pedra fundamental do novo quartel do Centro de Instrução Militar (CIM) da Força Pública de São Paulo na Invernada do Barro Branco, com acesso na Av. Água Fria, número 1923, zona norte, em evento presidido pelo governador do Estado Adhemar de Barros.
           Após o término da Solenidade de Entrega de Espadins a uma nova turma de alunos-oficiais realizada no pátio do antigo CIM, na Rua Ribeiro de Lima, nº 2, Luz, as diversas autoridades presentes se deslocaram em comitiva até a invernada do Barro Branco, para participarem do evento que marcou oficialmente o início das obras do quartel que viria a abrigar, poucos anos depois, os diversos cursos do CIM. Nesse dia, além do governador, encontravam-se presentes: “o Interventor Federal do Estado, acompanhado do Coronel Mário Xavier, o Comandante Geral da Força Pública e altas autoridades civis, militares e eclesiásticas” (folha 120, do Livro Histórico do Centro de Instrução Militar - 1906 a 1941).
          A mudança definitiva do CIM para o quartel do Barro Branco ocorreu em dezembro de 1943, por ocasião da inauguração da nova sede para o seu funcionamento já no ano letivo de 1944. Na oportunidade, ainda se faziam necessárias obras para a completa operacionalização das novas instalações. Ainda assim, formou-se, ao término de 1944, a primeira turma de Aspirantes-a-Oficial no novo e permanente endereço.
       Relata-se que, à época, diante do conhecimento de que se construía naqueles mesmos anos a nova Academia Militar do Exército em Rezende/RJ (que substituiria a de Realengo, no Rio de Janeiro/RJ), a inauguração da sede do CIM na Invernada do Barro Branco foi realizada já em dezembro de 1943 (para início do curso em 1944) com a obra ainda em fase de acabamento, a fim de que a “Academia” da Força Pública paulista não fosse inaugurada depois da Academia do Exército.
           Teria ocorrido, portanto, uma espécie de “corrida” pela inauguração, com aceleração das obras e uma ocupação rápida por meio de um mutirão que envolveu grande efetivo e esforço ímpar da briosa Milícia paulista. De fato, a inauguração da Academia de Rezende veio a ocorrer um mês depois, em janeiro de 1944, com o curso iniciado no local também no mesmo ano,  vindo a receber, a denominação oficial de Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1951.
         Após a inauguração do quartel no Barro Branco, a mudança mais significativa ocorreu em 1950, quando o órgão recebeu nova designação, como Curso de Formação e Aperfeiçoamento - CFA, além de novo regulamento e estruturação, pois passou a formar, especializar e aperfeiçoar oficiais e praças. O ensino no CFA, então, contava com a seguinte organização: Escola de Aperfeiçoamento (E.A); Escola de Oficiais (E.O.); Escola de Sargentos (E.S.); Escola de Cabos (E.C); Escola de Soldados (E.Sd.).
        Em 1969, com a descentralização do ensino, o órgão passou a formar e a especializar exclusivamente oficiais e teve seus currículos reestruturados, identificada já por “Academia de Polícia Militar” e, em 1970, assim se manteve com a fusão entre Força Pública e Guarda Civil que ocorreu em 08 de abril daquele ano.
         Enfim, por disposição legal e acolhendo a tradição, em 1978 a Academia passou a denominar-se oficialmente Academia de Polícia Militar do Barro Branco - APMBB (Decreto n. 11.241/7, de 09 de março de 1978), pois assim já vinha sendo conhecida em razão do local de usas instalações.

Pesquisa e texto: Adilson Luís Franco Nassaro, 2017.

Nenhum comentário:

Postar um comentário