Em 24 de maio de 1940
deu-se o lançamento da pedra fundamental do novo quartel do Centro de Instrução
Militar (CIM) da Força Pública de São Paulo na Invernada do Barro Branco, com
acesso na Av. Água Fria, número 1923, zona norte, em evento presidido pelo
governador do Estado Adhemar de Barros.
Após o término da Solenidade de Entrega de
Espadins a uma nova turma de alunos-oficiais realizada no pátio do antigo CIM,
na Rua Ribeiro de Lima, nº 2, Luz, as diversas autoridades presentes se
deslocaram em comitiva até a invernada do Barro Branco, para participarem do
evento que marcou oficialmente o início das obras do quartel que viria a
abrigar, poucos anos depois, os diversos cursos do CIM. Nesse dia, além do
governador, encontravam-se presentes: “o Interventor Federal do Estado,
acompanhado do Coronel Mário Xavier, o Comandante Geral da Força Pública e
altas autoridades civis, militares e eclesiásticas” (folha 120, do Livro
Histórico do Centro de Instrução Militar - 1906 a 1941).
A
mudança definitiva do CIM para o quartel do Barro Branco ocorreu em dezembro de
1943, por ocasião da inauguração da nova sede para o seu funcionamento já no
ano letivo de 1944. Na oportunidade, ainda se faziam necessárias obras para a
completa operacionalização das novas instalações. Ainda assim, formou-se, ao
término de 1944, a primeira turma de Aspirantes-a-Oficial no novo e permanente
endereço.
Relata-se
que, à época, diante do conhecimento de que se construía naqueles mesmos anos a
nova Academia Militar do Exército em Rezende/RJ (que substituiria a de
Realengo, no Rio de Janeiro/RJ), a inauguração da sede do CIM na Invernada do
Barro Branco foi realizada já em dezembro de 1943 (para início do curso em
1944) com a obra ainda em fase de acabamento, a fim de que a “Academia” da
Força Pública paulista não fosse inaugurada depois da Academia do Exército.
Teria ocorrido, portanto, uma espécie de “corrida” pela
inauguração, com aceleração das obras e uma ocupação rápida por meio de um
mutirão que envolveu grande efetivo e esforço ímpar da briosa Milícia paulista.
De fato, a inauguração da Academia de Rezende veio a ocorrer um mês depois, em
janeiro de 1944, com o curso iniciado no local também no mesmo ano, vindo a
receber, a denominação oficial de Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em
1951.
Após a inauguração do quartel no Barro
Branco, a mudança mais significativa ocorreu em 1950, quando o órgão recebeu
nova designação, como Curso de Formação e Aperfeiçoamento - CFA, além de novo
regulamento e estruturação, pois passou a formar, especializar e aperfeiçoar
oficiais e praças. O ensino no CFA, então, contava com a seguinte organização:
Escola de Aperfeiçoamento (E.A); Escola de Oficiais (E.O.); Escola de Sargentos
(E.S.); Escola de Cabos (E.C); Escola de Soldados (E.Sd.).
Em 1969, com a descentralização do
ensino, o órgão passou a formar e a especializar exclusivamente oficiais e teve
seus currículos reestruturados, identificada já por “Academia de Polícia
Militar” e, em 1970, assim se manteve com a fusão entre Força Pública e Guarda
Civil que ocorreu em 08 de abril daquele ano.
Enfim, por disposição legal e acolhendo a
tradição, em 1978 a Academia passou a denominar-se oficialmente Academia de
Polícia Militar do Barro Branco - APMBB (Decreto n. 11.241/7, de 09 de março de
1978), pois assim já vinha sendo conhecida em razão do local de usas
instalações.
Pesquisa e texto: Adilson Luís Franco Nassaro, 2017.