Quero compartilhar registro de
agradecimento a todos que vem contribuindo com nosso comando na maior região da
capital paulista (São Paulo), concluído esse importante e primeiro desafio de
nossa gestão no policiamento preventivo, junto ao CPA/M-10!
Ao mesmo tempo, posso prestar contas do
sucesso alcançado por essas maravilhosas equipes integradas pelos “Heróis da
Zona Sul”, que trabalham ininterruptamente em cinco grandes batalhões de
Polícia Militar (1º BPM/M, 22º BPM/M, 27º BPM/M, 37º BPM/M e 50º BPM/M),
protegendo em torno de 3 milhões de pessoas.
Nenhum sucesso se alcança sozinho e,
por isso, a união que fez nossa força na Zona Sul, resultou do envolvimento de
todos os oficiais e praças nas propostas e metas indicadas pelo Comando Geral
da Polícia Militar de São Paulo.
Os nossos cinco batalhões superaram a
melhor expectativa, especialmente no segundo trimestre de 2015 e também no mês
de julho. Desse modo, todos os principais índices criminais tiveram queda
significativa e se encontram com tendência de redução. Os números revelam essa
verdade e estão disponíveis para consulta pública. Por exemplo, na maior das
companhias Capão Redondo, a queda de roubos foi superior a 30%, algo
extremamente importante em uma região periférica com diversas carências, como
ocorre na maior parte da zona sul constituída de gente simples, trabalhadora e
honesta em sua grande maioria.
Nessa área complexa de Santo Amaro,
Jardim São Luiz, Interlagos, Grajaú, Capela do Socorro, Campo Grande, Pedreira,
Capão Redondo, Jardim Ângela, Jardim Mirna, Parelheiros, Marsilac entre vários
outros, a Polícia Militar tem mostrado sua eficiência, com um trabalho intenso
e permanente.
Nas últimas décadas o crime prosperou
na periferia, junto com a concentração urbana com pouco planejamento; porém, a
Polícia Militar, representada pelo CPA/M-10 na zona sul, vem superando suas
metas, prendendo criminosos - mais do que nunca -, prevenindo delitos e
contribuindo com outros órgãos para que a comunidade tenha mais qualidade de
vida, com segurança, paz e confiança na força policial que trabalha na linha de
frente da defesa da boa sociedade.
Roubos, homicídios, furtos e roubos de
veículos estão em queda na área dos cinco batalhões da zona sul e manteremos o
mesmo ritmo operacional que permitirá a continuidade e consolidação de boas
práticas adotadas, do entusiasmo pelo sucesso permanente. Acreditamos que
sempre é possível melhorar!
Seguem algumas boas práticas adotadas nesses
últimos seis meses na zona sul (CPA/M-10):
1. Uma ideia que deu certo: a
implantação da permanente “Operação
Impacto Zona Sul”. Com apoio do Comando da Capital (CPC), a partir do
recebimento dos novos soldados (turma recém-formada) formamos um pelotão de
operações com emprego estratégico e semanal para intensificar as “zonas de
calor” (“hot spots”) do mapa criminal, ou seja, das áreas de maior incidência e
concentração de pessoas, sempre com apoio de Base comunitária, supervisão e
viaturas em apoio. O que funcionaria durante um mês, já se mantem por três
meses com grande sucesso!
2. Também havia
uma questão que a todos incomodava: a queima de ônibus com manifestação de
criminosos que usavam a exibição do veículo de transporte público destruído
como troféu de sua violência, que atinge sempre os menos providos de recursos
para a própria locomoção. A partir da prática e acionamento de um idealizado plano de contingência (que identifica
os locais e horários com maior vulnerabilidade) e um eficiente sistema de
comunicação para viabilizar acionamento de reforços em três níveis (farol
amarelo, laranja e vermelho) foi possível praticamente eliminar esse tipo de
ocorrência, aliado a reuniões de discussão e planejamento e ações antes,
durante e depois do evento, envolvendo vários órgãos públicos e privados.
Contatos e reuniões com órgãos parceiros também foram desenvolvidos. Resultado:
nas duas últimas tentativas de queima de ônibus (a primeira há três meses e a
segunda há mais de um mês) as equipes policiais militares prenderam vários
criminosos, pois conseguiram chegar muito rápido aos locais e evitaram as
depredações.
3. O controle dos roubos e homicídios foi eleito como primeiro objetivo
da liderança (comandantes). O CPA/M-10 adotou três das dezoito companhias
(aquelas que mais impactavam os índices criminais) para potencializar o emprego
dos recursos logísticos e humanos disponíveis e para acompanhar de perto a
evolução de cada uma delas, fixando o comandante e monitorando a situação
delas. Nas reuniões mensais da liderança no CPA, esses comandantes deveriam
trazer e expor a todos, o respetivo “diagnóstico” e “plano de ação” referente a
cada período. A queda dos índices criminais foi linear e expressivo. Além dos
roubos em geral, priorizados no aspecto do planejamento do emprego operacional,
diminuíram os casos de violentos roubos e furtos em agências bancárias e caixas
eletrônicos com emprego de explosivos.
4. Aperfeiçoamos mediante a
padronização e liderança do CPA/M-10, as Reuniões
de Análise Crítica periódicas, mediante o controle absoluto das variações
nos índices criminais, melhorando o planejamento operacional.
5- Incentivamos, a partir do próprio
exemplo, a aproximação dos comandantes respectivos e suas equipes
com os delegados de polícia e demais servidores da Polícia Civil local, para
diálogo construtivo, busca de soluções
conjuntas e soma de esforços, reconhecendo os avanços da 6ª Seccional na área
da investigação criminal. O retorno sensível tornou ainda mais próspera a ação
policial na área da repressão imediata e da prevenção!
6. Também aproximação com as lideranças comunitárias, especialmente
os Conselhos de Segurança Comunitária (CONSEGs) com envolvimento de muitos
interessados e participações de reuniões para discutir assuntos relacionados à
segurança pública. A confiança e a defesa da Instituição surge como
consequência natural dessa relação virtuosa. Exemplo desse compromisso, foi a
implantação no programa “Vizinhança
Solidária” no próprio bairro (Várzea de Baixo, Santo Amaro) em que se
encontra a sede do Comando (CPA/M-10).
7. Abrimos as portas do quartel para recebimento de visitas ilustres,
autoridades locais e representantes políticos para franco diálogo, externando
propostas de mudanças legislativas para melhorar o trabalho policial e também
para a valorização policial-militar.
8. Na perspectiva de valorização policial que defendemos com
ênfase, vários eventos foram desenvolvidos com criatividade e motivação, tanto
na sede do CPA/M-10 quanto em outros locais, envolvendo todos os batalhões e
suas equipes. As homenagens aos “Heróis
da Zona Sul” ocorreram como mecanismo de incentivo permanente aos bons
trabalhos realizados em cada período mensal e destaques alcançados em
ocorrências policiais específicas.
9. Realizamos pequenas reformas na sede do CPA e encaminhamos
projetos para intervenções maiores, buscando a melhoria do ambiente físico de
trabalho.
10. Ainda, no aspecto logístico, conseguimos
vagas em pátios de outros Comandos para realocação de viaturas em processo de
descarga (inutilizadas), desafogando pátio de sedes de batalhões e companhias.
Aceleramos processos de aquisição de bens de consumo (custeio) e aquisição de
serviços, com gasto de qualidade dos recursos financeiros públicos visando
melhoria de condições de trabalho.
11. Investimos nos trabalhos de Comunicação Social (divulgação) com uso intenso de
redes sociais, de divulgação de boas notícias (ocorrências positivas) na
imprensa, utilizando todos os instrumentos disponíveis para projetar a marca de
sucesso da Polícia Militar agindo na Zona Sul.
12. Sistematizamos o emprego de aplicativos de smartphone
(especialmente o “wattsapp”) para rápida comunicação em rede com oficiais e
grupos de cada sede, com divulgações importantes. A ferramenta contribuiu para
o aspecto da valorização das ações policiais com mensagens e cumprimentos do
comando a cada boa ocorrência.
13. Investimos na qualidade do ambiente de trabalho a partir do efetivo policial que
trabalha na sede do Comando e, pelo exemplo e diálogo, aplicando-se o conceito
nas demais sedes em toda a área, mediante a valorização policial, respeito ao
próximo e acessibilidade com o comando.
14- Na gestão de pessoas voltada à
liderança, também implantamos ferramenta
de controle centralizado no CPA/M-10 da pretensão de cada oficial
colaborador em nível de carreira e de movimentação tratada diretamente com o
comandante. A transparência e a seriedade no trato desse assunto, junto com a
formação de uma equipe forte e vitoriosa reverteu o quadro de grande fluxo de
comandantes (oficiais), estabilizando os times, e a situação tornou-se
confortável com surgimento de interessados em servir na zona sul.
15. Questão da letalidade policial:
investimos na valorização das
ocorrências policiais com prisão sem confronto, lesão ou morte. Insistimos
no conceito de que “ocorrência nota dez” é aquela em que não há mortos ou
feridos, excessos que são desautorizados pela lei e alimentam ciclos de
violência, e defendendo a virtude de policiais com integridade física, moral e
conscientes de suas obrigações e responsabilidades no cumprimento da lei, criminosos
devidamente presos, reféns libertados, vítimas agradecidas pela recuperação dos
bens e com sua integridade física garantida! A mensagem chegou clara e
inteligível. Os casos de confrontos e mortes resultantes de intervenção
policial caíram gradativamente na medida em que cada caso foi analisado
detalhadamente, com diálogo aberto e difusão clara das regras, com muita
seriedade para identificação de não conformidades, correções de posturas
recomendações aos comandantes e eventuais responsabilizações ou medidas de
preservação da higidez psicológica de policiais com maior vulnerabilidade.
Prezados colaboradores, dedicados
policiais militares, amigos, incentivadores, comunidade da zona sul em geral:
temos muito trabalho ainda a desenvolver, prosseguindo com o que já se revelou
acertado. O caminho está desenhado e o desafio é permanente!
SUCESSO A TODOS!
VAMOS EM FRENTE!
Adilson Luís Franco Nassaro
Coronel PM Comandante do Policiamento
de Área M-10 (zona sul de São Paulo/SP).